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As crianças e
adolescentes têm recebido muitos recursos e materiais, ideias e actividades,
assim como plataformas novas às quais é preciso aceder. É normal que se sintam,
bem como os Pais e Cuidadores, assoberbadas e sem saberem por onde começar.
Nem
sempre será possível cumprir as exigências da escola e dos professores (as
escolas e os professores também estão a procurar a melhor forma de responder a
esta situação). Relativize e vá ajustando a carga de trabalho proposta à
criança/adolescente e às vossas circunstâncias, de preferência envolvendo
também os professores do seu filho na procura de soluções alternativas.
Lembre-se que “quantidade não é qualidade”. Não adianta cumprir com uma grande
lista de deveres escolares se o seu conteúdo não estiver bem aprendido. Por
vezes, “menos é mais”. Pode ser mais importante consolidar bem um conjunto de
conhecimentos do que avançar para novas aprendizagens. É importante manter um
contacto com os professores, de forma a ajustar a quantidade dos deveres
escolares Como orientação, pode consultar as aprendizagens essenciais propostas
pelo Ministério da Educação no “Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade
Obrigatória”.
Os Pais/Cuidadores, dependendo da idade e das características da
criança/adolescente, devem funcionar como “tutores”, que mostram o caminho,
ajudam a motivar, dão o exemplo e apoiam no cumprimento dos objectivos. Mas não
são professores, nem alunos, nem “polícias” do cumprimento das tarefas
escolares. Os Pais/Cuidadores devem acompanhar o estudo, (e não estudar pela
criança/ adolescente), promovendo a capacidade de auto-regulação. A
auto-regulação, neste domínio, é a forma como cada um faz a gestão autónoma do
estudo e do método de estudo. Os Pais/Cuidadores podem estimular essa
competência ajudando a criança/adolescente a pensar sobre a forma como estuda,
a planear e organizar o seu estudo, bem como a monitoriza-lo. No caso de
crianças mais novas, ajude-as a dividir grandes tarefas num conjunto de
pequenas tarefas e grandes quantidades de matéria em pequenos conjuntos de
informação que se tornem mais fáceis de gerir, menos assustadores e mais recompensadores. Esta divisão permitirá à criança ganhar um sentido de auto-controlo e aumenta as possibilidades de ser
bem sucedida. No caso de crianças mais velhas ou adolescentes, ajude-as a determinar quanto tempo precisam para estudar cada disciplina. Por exemplo, “Quanto tempo
achas que precisas para estudar Português?” e “Qual é a matéria mais fácil? Se calhar é preferível deixar essa para o final, quando estiveres mais cansado, e começares pelo
que é mais difícil para ti, agora que tens mais energia e concentração”.
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