Sempre que se fala em escravatura, vem à mente a imagem do
negro, acorrentado, que vinha da África para a América/Europa nos navios
negreiros do século 17 e 18. Naqueles dias, os negros eram usados como mão de
obra barata para a acumulação de riqueza.
Apesar dos progressos registados, a abolição da escravatura
é ainda uma meta em pleno século XXI, constituindo-se o dia 2 de dezembro como
uma altura de reflexão e de luta contra esta realidade.
A escravatura ainda se faz sentir nos dias de hoje de várias
formas: trabalho forçado, servidão obrigatória, tráfico de crianças e mulheres,
prostituição, escravatura doméstica, trabalho infantil, casamentos combinados,
entre outros.
A nova escravatura é mais vantajosa para os empresários que
a da época das colonizações, pelo menos do ponto de vista financeiro e
operacional.
Todos os anos, milhares de meninas e de mulheres são “recrutadas”,
deslocadas e coagidas. No relatório de 2000 do Fundo das Nações Unidas para a
População (FNUAP), estima-se que, por ano, quatro milhões de mulheres e de
raparigas menores são vendidas aos seus esposos ou a mercadores de escravos. A
UNICEF estima em 1,2 milhões o número de crianças atingidas anualmente pelo
tráfico de seres humanos.
Recentemente chegou se a esta definição de escravatura com
vista a prevenção, repressão e punição do tráfico de pessoas, em particular de
mulheres e de crianças, refere-se a ela como o recrutamento, transporte, transferência,
recepção ou acolhimento de pessoas, pela ameaça ou pelo recurso à força ou a
outras formas de coacção, por sequestro, fraude, vigarice, abuso de autoridade
ou de uma situação de vulnerabilidade, ou pela oferta ou aceitação de
pagamentos ou de vantagens para obter o consentimento para que uma pessoa tenha
autoridade sobre outra para fins de exploração.
Esta escravatura do seculo 21 carreta custos gravíssimos a
saúde mental de quem é vítima e de quem esta a redor da vítima, pode originar
crises de pânico, ansiedade, depressão e até mesmo a suicídio que infelizmente
é a “solução” que as pessoas encontram para fugir ao tormento.
Está mais do que altura de realmente conseguirmos
abolir a escravatura, depende muito de nos, devemos estar sempre informados
acerca das novas formas de escravatura e principalmente como identifica las e
evitar cair em “armadilhas”. Sempre atentos para nos protegermos e ajudar ao
próximo.
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