quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa


O objetivo deste dia é promover a Língua Gestual Portuguesa e garantir o respeito dos direitos das pessoas surdas.


A língua gestual é a forma de comunicação utilizada pelas pessoas surdas e por todos aqueles que comunicam com pessoas surdas. É produzida a partir dos movimentos das mãos, do corpo e por expressões faciais, sendo a sua receção visual. Esta linguagem possui um vocabulário especial e uma gramática própria.
Há alguns aspetos extremamente importantes que todos saibamos sobre a LGP.
Portugal foi o 6º país do mundo a reconhecer uma língua gestual nacional. Desde 15 de novembro de 1997 que a Constituição da República reconhece a Língua Gestual Portuguesa (data quem se assinala o dia nacional desta língua).
Língua e nunca linguagem: não existem linguagens gestuais, mas sim línguas gestuais. Linguagem pode entender-se como um qualquer sistema de símbolos ou objetos constituídos.
A origem sueca: a LGP tem como língua mãe a Língua Gestual Sueca e não deriva, como muitos acreditam, do idioma oral de Portugal.
A sintaxe da LGP: a LGP tem uma estrutura bem diferente do português. A ordem básica das frases divide-se em SOV (sujeito-objecto-verbo), OSV (objecto-sujeito-verbo). Em português seria o equivalente a dizer: Eu casa vou/ Casa eu vou. Em LGP, as interrogativas, declarativas ou exclamativas identificam-se com.
Cada país com a sua língua: muitos acreditam que a língua gestual é universal. Errado. Cada país tem a sua língua gestual, emergente da comunidade e mutante com o tempo. Em Portugal, como noutros países, nota-se ainda a existência de diversos regionalismos.
Surdo-mudo não existe: é ainda um erro comum chamar-se surdo-mudo a um surdo. Além de ser pejorativo, é errado: uma pessoa surda apresenta uma perda auditiva, mas tem cordas vocais.
No tocante às discussões sobre conforto linguístico e participação social, há a necessidade de se instaurar uma política linguística de inclusão educacional e social efetiva e de respeito à comunidade surda, que deve ser pensada com ações afirmativas do Estado, de modo a orientar a sociedade civil de como se organizar para proporcionar a inclusão efetiva dos surdos, sem que, apenas eles, tenham que se adaptar a um ambiente linguístico que não lhes é natural.
Segue um vídeo com alguns palavras básicas de cortesia em LGP, se se interessa por aprender esta língua e desenvolver a capacidade de interação for um interesse teu, o primeiro link abaixo do vídeo é de um curso online da LGP.

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